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A Tese Vendida pelos meus algozes

O princípio foi o diagnóstico: minha tentativa de suicídio precisava de melhor explicação, mas provavelmente o fator principal era meu pai ter maltratado minha mãe, e eu, prisioneiro disso, maltratava as mulheres da minha vida. Urgia uma terapia que me libertasse da má influência paterna.

A melhor terapia para isso era psicanálise. De quebra, esse processo me levaria a conviver melhor com minha bissexualidade.

A psicanálise não se daria da maneira tradicional, todas as pessoas em torno seriam psicanalistas, todo um teatro seria montado.

O processo seria sofrido, mas eu produziria, enquanto não percebesse a realidade, uma importante obra artística. O processo era baseado na minha habilidade artística.

O consumo de psicotrópicos seria benéfico para que meu inconsciente fosse exposto, e também para se achar uma droga que seria bom eu consumir a vida toda, sendo eu pessoa que precisava da ajuda.

A arte produzida seria de grande valor para pessoas com esquizofrenia e em crise de abstinência de cocaína. Tendo isso um valor universal.

No final todos ficariam bem, e eu, famoso, rico, com a mulher amada e sexualmente resolvido.

Artistas do mundo inteiro iam querer trabalhar comigo. Até na política americana eu poderia dar palpite.

O processo seria inclusivo, qualquer um poderia dar palpite.

Mas a ideia era que eu fosse morar nos EU no final.

Foram juntados depoimentos para sustentar o processo.

Desde psicólogos de NY, até artistas do Vietnã e esquizofrênicos japoneses.

O governo americano investiria alto, colaborações internacionais aconteceriam mas a maior verba viria dos laboratórios, o que tornava essencial a parte do consumo de psicotrópicos.

Eu fui considerado o melhor paciente possível tanto para a psicanálise como para o consumo de psicotrópicos.

Em grande parte por ser bissexual. Sendo eu assim, teria criatividade no processo e além disso meu lado feminino seria bom, porque geralmente usuários de cocaína se sentem humilhados de ter que usar psicotrópicos, e eu não me sentiria assim. Os laboratórios insistiram muito num ponto: o uso de psicotrópicos tinha que ser desvinculado de humilhação, tarefa que eu faria bem feita.

Mais tarde, com a evolução da terapia, foi anunciado que minhas palestras, dada minha criatividade, seriam úteis para diminuir o estigma da esquizofrenia.

Agora, vejam no artigo a seguir qual foi a realidade.






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