Ele acreditou!
O equatoriano era simpático, boa conta bancária, mas.....equatoriano né?
O professor de inglês tinha uma certa fama de inteligente, e também, tinha que ter uma certa agilidade porque estava meio a perigo.
E aí percebeu uma coisa. Ela tinha uma certa consciência de que só representava. Mas aquele trouxa acreditava!
Ela tinha dois sorrisos: um falso, de italiana no primeiro amor, e outro verdadeiro, de puta que foi escolhida.
O cara do inglês só percebeu o primeiro. Ela elogiou a perspicácia política dele. E...ele acreditou!
Isso foi uma descoberta na vida dela.
Mais tarde teve outra: parecia tudo perdido, mas alguns meses sem trair e uma conversa mansa, e ele voltava!
Ela teve um certo conforto na vida assim.
Hoje ela diz isso pra Gorda. A Gorda acha que vou voltar. As duas acham que depois de eu dizer tudo que penso no processo psicanalítico eu volto.
Mas são idiotas.
Ficam querendo ver que espécie de imagem quero vender indo para a Índia.
Eu quero ficar sossegado. E por isso não volto, isso aqui vai ad infinitum. Quero paz e luto por isso, nada mais. Não é desabafo, é batalha judicial.
O raciocínio das imagens não funciona aqui. Só na mente de merda das duas.
Eu quero paz. Quando que vou querer conviver com mulheres de gritos?
Mas se eu aconselho o Chico Buarque...
Certo Gorda... vai aconselhando, vai mesmo, tá no caminho certo.