Para um psiquiatra
Seu cliente te conta delírios?
Você tem algum trabalho até ganhar a confiança, na verdade nunca a ganha, o cliente acaba falando seus delírios por outros motivos, talvez simplesmente porque está tão ansioso e confuso que já não consegue esconder.
E você se depara com aqueles famosos relatos que fogem da realidade, caracterizam a esquizofrenia, e para os quais se receitava haldol, e hoje se receita mais clozapina.
As estatísticas te dizem por exemplo que a incidência de suicídios diminui, você lê autoridades americanas criticando quem fala contra, eles dizem que os surtos são controlados por essas medicações, os psicólogos que advogam contra não sabem o que falam e por aí.
A clozapina diminui a dopamina no cérebro, isso diminui os delírios, contra a ciência não há argumentos, portanto há que se receitar a clozapina.
Você tem até depoimentos de pacientes que garantem estar melhor com a clozapina.
É vendida como uma droga superior que metaboliza melhor.
Bom. Tudo isso é falso.
Vem de uma abordagem errada.
A abordagem da psicologia atual de que um homem é feliz na medida em que seus relacionamentos são felizes. Todo mundo compra isso. Os delírios são ruins porque tiram o foco da pessoa das pessoas ao lado, é por isso que o paciente sofre. Falso.
Penso diferente.
A viagem é necessária. Não é nos relacionamentos que se fica feliz. O ser humano se relaciona com Deus. Não para todos, mas para muitos Deus é mais importante. E não é diferente para seus pacientes.
Enquanto ficar focando em amadurecer os sentimentos para melhor se relacionar, dar drogas que reduzem a dopamina, vasculhar memórias reprimidas, explorar uma possível sexualidade ainda reprimida, nenhum real progresso será feito.
O cliente, para te agradar, e para agradar a família vai concordar que o anti psicótico o está ajudando. A mãe dele fica contente com a adesão ao tratamento, e o efeito placebo é que de fato as coisas melhoraram.
O laboratório te confirma, com aquelas estatística todas, embora o duplo cego não tenha sido bem feito, e você provavelmente nunca checou.
O grupo que recebe placebo deveria receber outras terapias. O interesse é mostrar que a droga é melhor do que ficar sem drogas, mas com uma terapia. Ficar sem nada pode ser pior mesmo. Mas talvez ficar sem drogas, mas com uma boa terapia, pode ter outros resultados.
É o que creio. Você pode checar o estudo feito na Noruega recentemente. Veja na internet o hospital norueguês que dispensa os psicotrópicos.
Psicotrópicos são um mito.
Aqui vai minha teoria sobre eles.
O ser humano experiencia frequentemente, em várias culturas, a sensação de deixar o corpo. Se realmente sai não vem ao caso.
Mas chega em lugares ( talvez apenas subjetivamente) onde contempla realidades novas, novos insights lhe vem à mente, a vida se transforma.
As famosas viagens. Elas podem ser induzidas por alucinógenos, mas podem ocorrer espontâneamente também.
Essas realidades podem diferir muito da vida anterior. Em alguns casos apenas a confirma, mas às vezes não.
Muitas pessoas conseguem comunicar essas viagens de forma satisfatória, e não enfrentam maiores problemas em suas vidas.
Mas podem se tornar um drama. É o caso de seus clientes. Não dá para explicar o que se passou. Você diz que é tudo fantasia, ele reclama, e ele tem razão.
Porque ele viveu algo.
Veja diferente. Vamos aprender a viajar melhor, a contar melhor desses mundos para quem nunca foi lá. Aí seria a melhor ajuda.
O que os psicotrópicos estão fazendo?
São drogas que inibem essas viagens. Fazem o oposto de um alucinógeno.
Funcionam na medida em que impedem os famosos “flash backs”.
Quem viaja, experimenta flash backs.
Nesses flash backs, estão longe e podem ficar agressivos. Sobretudo com gente ao lado fazendo de tudo para parar a viagem.
A melhor viagem é Deus.
Sobretudo porque todos vão entender do que você está falando.
Assim, viajar junto, chegar junto a qualquer que seja a ideia de Deus que seu paciente tenha, é uma terapia superior.
Veja meu site. Eu sei viajar. Confira meu livro se quiser.
- joaoleiteribeiro.com