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Por que a obsessão por sexo?

A primeira coisa a ter em mente é que Freud foi um homem medíocre. Há uma observação que eu sempre faço: a filosofia moderna é um esforço de gente intelectual em provar que sua experiência de erudição é mais valiosa do que a experiência de vida do lixeiro. Isso se aplica mais de tudo em Freud.

A vida inteira tentando divisar um jeito de ser superior.

E sabemos que gente competitiva se preocupa só com a imagem. Vide a genitora.

Só que, surge um problema. É difícil fazer sexo com essa preocupação na cabeça. E todos sabemos dos problemas de Freud no assunto. Era porque não flui mesmo se você tem que provar algo, projetar sabe-se lá o que.

Tanto que Freud acha a agressividade necessária. Quando sabemos que não é.

Isso o atrapalhava. O tempo todo preocupado com a imagem, mas na hora não flui direito. Fica com raiva da mulher.

Daí ele cria toda uma teoria de que quem tem problemas no assunto é porque é artista.

Freud queria ser artista porque com o movimento romântico a classe ganhou prestígio.

Era isso na mente dele: eu me perco quanto à minha imagem na hora h.

E talvez aí o único prazer real da vida dele. Porque sendo competitivo ao extremo não se tem outros prazeres. Mais que tudo, perde-se a percepção de Deus.

E sem Deus, tudo que temos é o sexo.

Transformou-se num escapismo. A vida era uma merda, o tempo todo preocupado que alguém fizesse alguma demonstração de que ele tinha errado, e aí só no sexo um momento de distração e descanso.

A maior ironia a respeito de Freud era que ele não entendia de sexo.

Só entendia como escapismo. Mas pode ser celebração também.

Um alcoólatra me ensinou que parte do problema era que ele bebia tanto para celebrar como para afogar as mágoas.

Para Freud era só para aliviar a tensão da competição.

Ele nunca experimentou como celebração a vida inteira.

Um problema central da psicanálise é que foi elaborada por um homem medíocre.

E Freud sabia no fundo que era assim.

Tanto que argumentos contrários a suas teses o demoliam. Ele sabia que tinha construído um edifício precário. Passível de destruição a qualquer momento.

Felizmente o esforço de Freud pela cocaína falhou. Talvez até simbólica a escolha por uma droga que parece aumentar sua performance mas na verdade é ilusão. Típico dele. Simbólico de sua vida inteira. A ilusão de que era um grande artista.

A ética perdeu. Isso é triste. Com Freud a ética perde. A conversa direta perde. A amizade perde.

Fica só o escapismo do sexo. Só isso de que o único prazer é o orgasmo. A ideia de que é preciso ser agressivo.

O sentido da vida vai por água abaixo. Estender a mão torna-se obsoleto.

A culpa é interessante também. Por que tanta ênfase em não sentir culpa? Não será porque lá atrás havia um homem abusador e envergonhado disso?

Também simbólico é um terapeuta que prefere não olhar para o paciente. Não quer que se veja sua mediocridade, tem que se esconder.

Portanto o sexo assume proporções desnecessárias pelo simples fato de que o inventor da psicanálise não sabia viver.

Freud vem com a ideia da libido. Ele acha que os prazeres da vida são todos da mesma ordem. Se você gosta de escrever isso é semelhante a comer uma mulher, intercambiável até.

Isso acontece de novo pelos motivos acima. Há prazeres de outra ordem na vida. Prazeres duradouros. Como a amizade, ou a presença de Deus.

Freud não tem prazeres duradouros. O melhor que temos na vida, que é a sensação de estarmos satisfeitos, amor fati, Freud não considera, simplesmente porque não tinha isso!

Freud era permanentemente insatisfeito, como qualquer um que se preocupa só com a imagem. Por isso ele acha que é tudo libido.

E aí perde-se as únicas coisas que de fato dão sentido à vida.

A humanidade sabe disso há muito.

Platão comentou sobre Siracusa. Sexo demais lá.

Golfinhos em cativeiro se dedicam muito mais ao sexo do que os livres. Porque em cativeiro já não aproveitam a vida de melhores formas.

É o escapismo.

O mais dramático é durante a tortura. O momento do estupro é o menos pior.

Freud estava torturado a vida inteira com sua competitividade e só fugia durante o sexo.

E tudo é ridículo nele.

A ideia de sexualidade na primeira infância, depois período de latência, como é que isso ainda é vendido? É óbvio que está errado.

A criança pequena não tem sexualidade, e no período de latência é que começa.

Mas essa gente fica repetindo essa afirmação.

No futuro isso vai ser comentado. Naquela época eles acreditavam no complexo de Édipo. Pode ter certeza de estudos no futuro tentando entender como a ideia se tornou popular em nosso tempo.

O banquete canibal parricida de Freud é o ponto mais alto. Como que a ideia foi vendida?

É totalmente impossível isso. Não só não tem ciência, Freud parece querer criar um mito e se confunde, porque mitos são metáforas, e ele acreditava mesmo no banquete.

Sófocles jamais pensou num desejo de se copular com a mãe. Nada a ver. Freud distorce tudo.

Ele tenta vender algo entre a arte e a ciência. Ele se acha os dois. E não era nenhum dos dois. Porque ambos, para fazer seu serviço bem feito, precisam abandonar as aspirações mundanas.

Na verdade nem é preciso pensar muito. Um conhecedor da natureza humana facilmente vê que o sexo se tornou um escapismo para Freud, donde se conclui uma ausência de vida espiritual nele.

Drogas alucinógenas são um tratamento superior.

Trazem percepção de Deus na vida.

Elas apaziguam a mente. A famosa ataraxia dos estoicos. Momentos em que o mundo já não nos atinge. Momentos em que esquecemos aquela competição toda que infernizou Freud.

Acessamos finalmente nosso inconsciente. E tudo que vemos lá é um desejo de paz, desejo frustrado pelos merdas que tornam esse mundo uma competição.

O inconsciente relevante é só um desejo de paz. Para nós e para os outros.

A ideia de que há instintos animais que entram em conflito com as normas da sociedade é novo momento em que Freud habita o ridículo.

Isso se passa porque a norma dele de projetar imagens em busca da fama realmente prejudica o sexo. É aí que está o conflito. O famoso mal estar de Freud com o sexo.

E o mal estar com a civilização também se pode entender.

Para Freud a sociedade era uma merda porque não o idolatrava. Era uma merda porque cada um tem que cumprir seu dever. Isso era ininteligível na mente dele. Em Freud não há satisfação nenhuma de cumprir o dever. Ele quer fama, reconhecimento, e aí temos o mal estar dele com a civilização.

Viveu triste, morreu triste, e fez muita gente ganhar dinheiro e prestígio.

Não se pode dizer descanse em paz porque ele continua competindo onde quer que esteja.



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