Segunda página de Savitri
Savitri Página 2
Insistente, insatisfeito, sem metas
Algo que deseja ser mas sem saber como
Provocando o inconsciente acordava a ignorância
Uma dor que vinha e deixava tremores na mente
Cedeu seu lugar para um velho desejo insatisfeito
Em paz com uma caverna interior subconsciente e sem luar
Para levantar sua cabeça e procurar pela luz ausente
Fixando-se nos olhos fechados da memória desaparecida
Como alguém que procura por um ser que se foi
E apenas vê o cadáver de seu desejo
Foi como se mesmo nesse profundo Nada
Mesmo nessa desintegração final de nosso centro
Lá persistia uma entidade sem memória
Sobrevivente de um passado assassinado e enterrado
Condenada a recomeçar o esforço e a angústia
Ressurgindo num outro mundo frustrado
Uma consciência sem forma desejava luz
E do nada previa-se a necessidade de mover-se adiante, para mudanças ainda distantes
Como se um dedo de aparência infantil estivesse tocando a bochecha
Lembrava da necessidade sem fim das coisas
A Mãe sem pensamento do universo
Uma criança esforçada compreendia a melancólica Vastidão
Insensivelmente em algum lugar uma ruptura começou:
Uma longa fila de expressões hesitantes
Como um vago sorriso seduzindo um coração deserto
Confundindo a distante fronteira do obscuro sono da vida
Tendo chegado do outro lado do desapego
O olho de uma divindade observou curioso através das profundezas silenciosas
Um espião vindo do Sol
Parecia estar no meio de um pesado descansar cósmico
O torpor de um mundo doente e cansado
Para procurar por um espírito solitário e desolado
Caído demais, incapaz de se lembrar de antigas bênçãos
Interessado num universo sem mente
Sua mensagem engatinhando através de uma quietude hesitante
Chamando para a aventura da consciência e do prazer